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Falsos tesouros

Falsos tesouros

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Quinta:18/11/10







        Caro amigo, hoje temos para si duas pequenas histórias verídicas. São histórias que nos falam de dois homens. Um vive na cidade de Lima, no Peru, e o outro na Índia. Este dois homens tinham, pelo menos, uma coisa em comum. Possuiam um tesouro. Digo "possuiam" porque já não o têm. E qual o tesouro e como o perderam é o assunto do nosso programa de hoje .......
        Chama-se Eduardo Aparício Rodriguez, e vive na cidade de Lima. Tem, ou melhor, tinha um objecto de grande valor. E desde o primeiro dia foi o seu orgulho, o seu encanto, a sua felicidade. Com ele Eduardo aprendeu a sorrir mais e mais. Com ele sentiu-se dono de um tesouro. Com ele mostrou aos amigos que era capaz de comprar grandes coisas. Com ele sentiu-se outro homem. Era um dente de ouro puro que Eduardo Rodriguez tinha mandado fazer para substituir o seu dente natural .......
        Mas, um dia, Eduardo perdeu o seu tesouro. Estava numa cabine pública a fazer uma chamada telefónica e enquanto falava pelo telefone sorriu mais uma vez ao ver o seu precioso dente de ouro reflectido no vidro da cabine. Foi o seu último sorriso. Uns criminosos da cidade ao ver o seu dente de ouro meteram-lhe uma bala na boca e roubaram-lhe o dente. Afinal, o que tinha sido o seu maior tesouro causou a sua morte .......
        Este triste caso, caro amigo, ocorrido em Lima, no Peru, desperta uma multidão de reflexões. Quantas vezes na vida, aquela coisa que tanto gostamos não é a coisa que mais nos convém. Quantas vezes depositamos toda a nossa felicidade em algo que não é mais que matéria. E, prezado amigo, quantas vezes também, a morte nos encontra no dia da nossa maior alegria. E, mesmo assim, agarramos estes efémeros tesouros ao peito. Fechamo-los em cofres e bancos, cheios de medo que alguém nos venha roubá-los. Foi assim que fez o homem da nossa segunda história .......